terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dá um tempo.

Carrego sempre um livro comigo. E o tema que mais gosto é a espiritualidade. Nada a ver com religião ou esse monte de merda que a gente vê por aí. Leio sobre os Caras. Não sobre quem escreveu sobre os Caras. Mas principalmente sobre caras, na maioria deles, pesquisadores céticos, como eu, que escreveram sobre esses Caras. Gênios e pensadores, filosofos, padres, yogues, psicoterapeutas, jornalistas. Que olham as coisas dessas coisas pelo crivo do discernimento e não pela crença. Crença é para quem não tem cérebro. Para quem não pensa. Discernimento é buscar entendimento sobre o negócio. Ir a fundo no assunto. E não ficar na superfície onde a maioria dos preguiçosos sem cérebro preferem ficar. Até porque é mais cômodo acreditar em algo do que investigar. Duvido neguinho sentar a bunda lá para ver se o que os milhares escrevem é real. Êxtase, transe, samadhi, contemplação, esses estados alterados de consciência tem em todas, repito, todas as religiões do mundo. É só pesquisar. Mas é o que dizem, viu. Não acredite em nada, absolutamente nada do que dizem sobre o assunto. Vai lá e experimente. Mas ninguém quer. E pior, vem encher o saco de quem quer. Pois é, religião não se discute. Concordo. Mas quem aqui tá falando em religião, carapalida? É muito simples. É lógico, matemático, até. Povos diferentes tem costumes diferentes e rituais diferentes. A essência do ser humano é a busca do divino. Todo mundo sabe disso, é a eterna busco do homem a milênios. Por isso tema de revistas, programas e documentarios até hoje. Capa da Super desse mês tá aí pra não me deixar mentir: Deus. Uma Biografia. Agora a pergunta? Se todo mundo de um jeito ou de outro busca o divino, por que tem neguinho que enche a porra do meu saco se uso um japa-mala no pulso? Ou se leio um livro com Jesus escrito na capa ou Mudrás, ou Budha, ou a puta que pariu? Que merda. Esses dias me peguei escondendo o livro por, entre aspas, medo do julgamento dos outros. Aí me peguei nessa vibe e pensei. Tô cagando para o que vão achar. Eu estou atrás de conhecimento, poxa. De sabedoria. Atrás de referências para me melhorar. Para tentar me tornar um cara um pouco melhor. Menos irritável, mais tolerante, menos julgativo, mais amoroso, mais otimista. Mais amável. Mas neguinho não ajuda, porra. Quero crescer. Quero entender. Conhecer e me conhecer. Tenho sede disso. Sou fascinado por isso. Pelo Bhagavad Gita, à propósito um épico belíssimo, que conta a história de um guerreiro chamado Arjuna que está no campo de batalha contra o exército “do mal”, digamos assim. Uma analogia entre a guerra do homem versus o ego. É sensacional. A gente vive isso diariamente. Um conflito interno tremendo. O melodioso Krishna. Sem falar no Tao Te King, do chinês Lao Tsé. O Livro dos Espíritos do Alan kardec, leia-se do Alan kardec, não do espiritismo. O Budha. Os Bodhisattvas, os guias da Umbando, os caboclos, a beleza e a sinceridade dos exus. Os mestres yogues. O hermetismo do antigo Egíto, de Hermes Trismegistro. O Xamanismo com os xamãs e sua adoração pela Mãe Terra. A Cabala do judaísmo. Os santos católicos, homens e mulheres apaixonantes pelo amor sincero ao Cristo Homem. Não o inventado. O vendido. Enfim, todos caminhos, exemplos, setas que mostram o caminho, os diversos caminhos diferentes para o mesmo fim. Ou seja, siga o caminho que quiser. Tem milhares e são belíssimos. Vai fazer bem pra você. Faça isso ao ivés de encher o saco dos outros com piadinhas sobre o que usam no braço ou o sobre o que leem. Porque isso é o tipo de coisa, se não for a única, que faz das pessoas hoje, um pouco melhores do que foram ontem.

Um comentário:

  1. Lê, é disso que a humanidade precisa, auto conhecimento e não o julgamento.
    Gosto de lê-lo, muitoo!!!
    Beijo

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