sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Uma experiência meditativa.
Dentro de mim tem muito mais de mim do que eu imaginava. Mais do que isso, não tem nada de mim, do que eu sou agora. Tem outra coisa. Desconfigurada. Sem personalidade, sem tamanho, estatura, peso, cor, idade, sexo ou classe social. E é tão imenso que quando percebi, me calei. Calei na alma. Um silência como nunca tinha escutado. Profundo. E entendi o nauna, o silêncio da alma. Foi como se a casca do que eu sou hoje se espatifasse e eu pudesse ver o que tem dentro. Mas ver sem racionalizar. Apenas sentir. A essência do ser. O eterno em mim. E nesse estado foi como se o mundo que vejo hoje ficasse pífio. Mas não pela insignificância da importância do que é, mas pela insignificância do tamanho que é. Foi como se o todo de mim percebesse a parte de mim. Essa parte que vivo hoje, que se manifesta hoje, nesse momento, nesse corpo e nesse mundo. E olhou com repeito à isso. Mas com a visão do tamanho da eternidade. Sem a ansiedade, o peso, o compromisso do tempo. Um apenas ser. Realmente. E tudo isso durou mais ou menos um milésimo de segundo. E então me prostrei em reverência e agradeci: Namastê Babaji.
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