sexta-feira, 18 de junho de 2010

Troféu.


Isso é muito difícil para mim: encontrar as palavras certas para dizer. Tentar encontrar o caminho certo para seguir, mesmo sabendo que o melhor caminho é o mais assustador. Temos tumores enormes dentro do peito que vão crescendo cada vez que encontramos estes caminhos e principalmente por desviarmos deles. É preciso sofrer para amar senão não é amor. Mas quem quer sofrer? Galinha é assim: insiste no erro. Não aprende nunca. Mas também quem aprende? Ninguém sabe nada sobre isso. Só Afrodite. Mas acredite, todo mundo acredita nisso, cegamente vai em frente tentando encontrar. Procurando em todo lugar. Em cima, embaixo, de um lado e de outro. Desesperadamente sonham e imploram para santos e demônios o amor verdadeiro. Mas esse negócio de falar de amor é uma grande pieguisse. Um saco. Eles dizem que isso é algo que se sente. Outros que é algo imaginário. Os primeiros mais sorridentes que os outros, claro, torcem por eles. E a gente ouvindo de um lado, pensando do outro vai seguindo. Mas quando dá de cara com o negócio, perde as estribeiras. A maioria cai do cavalo. Mas preferem dizer que já viveram o lance e vivem agora acariciando as cicatrizes, mostrando para todo mundo como se fossem troféus. Mas todo mundo que já passou por isso sabe o que passou e sabe que passou. Aprendeu o que tinha que aprender. Tirou suas milhares de conclusões sobre o assunto, anos e anos até. Mas sabem exatamente onde estão e como são. Com certeza pessoas melhores. Um pouco mais duras, mas melhores.

domingo, 13 de junho de 2010

Grandhi.

“Quando me desespero, lembro que na história, o bem e o amor sempre vencem. Por mais que você ache que assassinos e tiranos nunca vão cair, no fim, o bem e o amor sempre vencem. Pense nisso. Sempre.”

Essa era a sua verdade, a verdade maior de Gandhi, ou Mabu (pai), como o chamavam. Meu Deus. Como é fascinante o que algumas pessoas fizeram nesse mundo para a gente se tocar. Só tive um conhecimento mais profundo sobre essa entidade, quando vi o seu filme e li o livro “Mahatma Gandhi” de Humberto Rohden. Foi quase uma overdose de semancol. Se toca meu. Me toquei, toquei a minha alma. Me argumentando sobre a minha vida. Nunca achei ser mais que alguém pela posição social, escolaridade ou qualquer outra vaidade. Mas é isso o que mais vejo por aí. Não que eu seja alguém com a posição de poder julgar alguém. Mas sempre procuro e me esforço bastante para olhar a vida e as pessoas com os olhos da alma. Por mais ignorante que a minha ainda seja, coitada. Mas vejo pessoas que colecionam frases, nomes e hábitos se rotulando melhores que outras com uma falsa intelectualidade irritante. Uma intelectualidade decorada, superficial. E o que a gente não vê? E o que está por trás desse rótulo? Será que há algo fascinante por trás disso? Lógico que há. O ser humano foi feito a Sua imagem e semelhança. Oras, como pode não existir fascínio nisso? Por que mudar essa imagem? Se cada um olhasse mais para si, se preocuparia menos com as vaidades, avarezas e se apaixonaria por possuir essa semelhança e procuraria fazer o que Ele nos ensinou fazer. Assim, acabariam as incessantes sessões nos consultórios psiquiátricos e psicanalíticos. Os suicídios dos que tiveram o prazo vencido da cola dos rótulos e se deram conta de que são iguaizinhos à moça do café, ao cobrador do ônibus, à caixa do supermercado, ao segurança da rua, ao porteiro do prédio, ao manobrista do restaurante, ao seu irmão. Rasgue o rótulo e deixe a fascinante pessoa que existe de verdade aí brilhar. E tenha certeza de que, se um dia você se desesperar, o bem e o amor sempre irão vencer. “Por mais que você ache que assassinos e tiranos nunca vão cair, tenha a convicção de que, no fim, o bem e o amor sempre vencem. Sempre.”

Pense nisso.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Xis ou ipsilon?


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E aí meu amiguinho de passagem pelo plano terrestre, tudo bem? Você se esqueceu um pouco de que estamos aqui por um tempo pequenininho, né? Tudo bem, é normal, a gente se esquece, mesmo. Muito trabalho, muitos compromissos, muita coisa para fazer. Faz parte da vida. O que não pode acontecer é a gente se esquecer da gente mesmo, né? De quem somos, ou melhor, do que somos. Quem é você? O fulano com o cargo tal da empresa xis?… tsc, tsc, tsc… Não, my friend. Você pode até achar que seja tal pessoa. Mas não é. Você é o que está dentro desse rótulo pelo qual se esforçou tanto para entrar. E dentro desse rótulo, ainda tem um outro feito de carne, que você também se esforçou bastante para entrar. Para chegar aqui e realizar. Fazer a coisa certa, o que programou lá atrás para fazer. Trabalhe, cresça e apareça. Tem que crescer na matéria, tem que fazer e acontecer, mesmo. Mas nunca se esqueça de quem você é, meu amigo. Nunca se esqueça de que você é ípsilon. Isso é o que você é e o que sempre vai ser. Um ipsilon num mundo de xis. Viva entre esse mundo, as vezes até se pareça com xis, passe-se por xis, mas não se torne um porque você não o é. Nunca se esqueça de quem você é, do que você é. Você é eterno, é imortal, é uma consciência encaixada num envólucro de carne por um período pequenininho. Tão pequeno que, opz, quando vir, já foi, já era, escafedeu-se. E o que vai ficar é o rótulo que você deixou para trás e que, logo, logo outro vai vestir antes mesmo do seu de carne esfriar. Afinal, alguém tem que cumprir aquele papel, né? O papel do tal do xis.